Sobre nós
Somos a Rede para o Decrescimento (Rede DC), cujas actividades tiveram início em Julho de 2018. Trata-se de uma estrutura organizada em rede, que conta presentemente com núcleos activos no Porto e em Lisboa, que pretende ligar todos os que se interessam, estudam, praticam ou defendem as propostas do decrescimento. Constituída informalmente, aguardamos a realização, em data e local a anunciar, do 1.º Encontro Nacional do Decrescimento, onde será decidida a sua estrutura formal definitiva.
A acção da Rede DC desenvolve-se em três vertentes principais: (1) intervenção social, cultural e política em todos os domínios em que o decrescimento pode ser proposto como uma resposta alternativa aos problemas e impasses da nossa sociedade; (2) organização de encontros, colóquios, cursos e seminários sobre o decrescimento e questões próximas, incluindo a edição e difusão de publicações sobre o decrescimento sob a forma de folhas volantes, livros, periódicos, vídeos, conteúdos online, etc.; (3) estruturação de uma rede de apoio mútuo entre todos aqueles – pessoas individuais e colectivas – que pretendem experimentar e desenvolver práticas autónomas de decrescimento, seja na cidade ou no meio rural, seja individual ou comunitariamente.
Se ainda não está familiarizado com o conceito do decrescimento, pode começar por clicar aqui. O site decrescimento.pt pretende disponibilizar uma actualização selectiva e regular da informação relativa ao decrescimento em Portugal e no mundo, textos de análise e reflexão dos seus membros e outros autores, assim como uma agenda das iniciativas da Rede DC e movimentos próximos.
Núcleo Lisboa
Os Encontros sobre Decrescimento que tiveram lugar em Lisboa em Setembro de 2018, no GAIA e no ISCTE, e o I Congreso de Decrecemento que decorreu na Galiza em Outubro do mesmo ano onde participaram três membros do futuro núcleo, viriam a dar origem ao núcleo de Lisboa da Rede para o Decrescimento.
As reuniões mensais regulares do núcleo iniciaram-se em Novembro de 2018. As reuniões têm decorrido na sede do Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral (CIDAC) em Picoas que tem cedido graciosamente as suas instalações para o efeito, tendo sido parceiro do núcleo de Lisboa da Rede desde então. Para além das 12 reuniões presenciais no CIDAC que decorreram até Março 2020, realizaram-se três reuniões deslocalizadas em colaboração com outras iniciativas, assim como três reuniões online (Abril e Maio 2020).
As reuniões têm vindo a constituir uma oportunidade para discutir temas de interesse para o movimento decrescentista, planear e analisar as iniciativas promovidas pelos seus membros ou em que estes participam, e delinear estratégias futuras e propostas de atividades. Os encontros deslocalizados foram organizados em colaboração com as seguintes iniciativas locais: Centro Comunitário de Linda-a-Velha (CCLAV), Flor de Culturas (Alcanhões), Rede de Cidadania de Montemor e Cooperativa Integral Minga (Montemor-o-Novo). O núcleo promoveu ainda uma conversa com Carlos Taibo na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa (23 Mar 2019), no contexto do lançamento da tradução portuguesa do seu livro “Colapso”. Tendo em conta a importância da ligação à Natureza e aos ecossistemas dos quais fazemos parte, e o papel da caminhada como forma privilegiada de conhecimento dos territórios, fez-se uma caminhada em Lisboa com piquenique e conversa-debate ao ar livre no Dia Global do Decrescimento em junho de 2019, e outra no Vale do Jamor em Novembro do mesmo ano, em conjunto com a Associação Vamos Salvar o Jamor. Em parceria com duas iniciativas locais, o núcleo organizou um encontro em Montemor-o-Novo que teve lugar em Fevereiro de 2020 e contou com a participação de mais de 50 pessoas (Decrescer para viver melhor). Organizou ainda o ciclo de três video-conferências ”Dias do Decrescimento” (23, 24 e 25 de Abril 2020) com sete oradores convidados (quatro dos quais externos à Rede DC) e que teve entre 50 e 70 participantes online.
Vários membros do núcleo de Lisboa da Rede têm participado em eventos que resultaram da rede de contactos e colaborações que se foram estabelecendo com outros colectivos e movimentos (ver lista completa na secção ‘Eventos e Iniciativas realizados’), participaram em acções públicas promovidas por outros colectivos (ATERRA e mobilizações climáticas) e colaboraram na redação de comunicados da Rede DC e de artigos para o Jornal Mapa.
O núcleo de Lisboa tem vindo a desenvolver a sua organização e comunicação internas com a utilização de uma plataforma de trabalho online (Slack); procura ainda operacionalizar o seu funcionamento através da dinamização de grupos de trabalho – comunicação externa, organização interna, centro de recursos, inquérito e manifesto, projetos/ações (caminhadas, luta contra aeroportos, divulgação/mobilização, entre outros) que tem a possibilidade de utilizar a plataforma. Tratando-se de um ferramenta online, permite alargar a participação a membros de outras regiões em temas transversais a toda a Rede DC.
Núcleo Porto
A origem do núcleo do Porto coincide com o início da actividade pública da Rede para o Decrescimento, já que foi nesta cidade que tiveram lugar as duas primeiras sessões públicas desta estrutura policentrada: no dia 7 de Julho de 2018, nos espaços associativos Gazua e Gato Vadio, os fundadores da Rede, Jorge Leandro Rosa e Álvaro Fonseca, animaram conversas com os representantes da Rede Galega para o Decrescimento, o Miguel Anxo Abraira e a Iolanda Teixeiro Rei. A jornada foi assim anunciada: «Na Galiza estão a dar-se fenómenos estranhos, fala-se de decrecemento na praça pública, tendo sido realizados dezenas de encontros e debates sobre este inusitado tema, que tantos receios parece levantar deste lado do rio Minho». A ilustrar o cartaz, «recorremos» ao cartoonista Andy Singer, que espalha o seu mordaz decrescentismo por publicações europeias e norte-americanas. Havia entusiasmo no ar, pelo que as duas sessões encheram para além da capacidade dos espaços.
Depois desse começo auspicioso, ocorreram diversas iniciativas conjuntas com a Rede Galega: a participação no 1.º Congresso Galego do Decrecemento, em Outubro desse ano, que partiu do Porto, e uma reunião entre as duas Redes realizada no Porto nos dias 23 e 24 de Fevereiro de 2020 e intitulada «Encontros no Porto», já que se tratava de aprofundar o espírito de cooperação com várias entidades e colectivos. Esperamos retomar este trabalho transfronteiriço – vocacionado para a nossa biorregião – em breve.
O núcleo, em colaboração com a editora Letra Livre e o jornal MAPA, trouxe também o autor, activista libertário e pensador decrescentista Carlos Taibo ao Porto, para o lançamento do livro Colapso, que teve lugar no Gato Vadio, no dia 21 de Março (vídeo da sessão).
Desde aí, o núcleo tem participado em diversas manifestações e eventos relacionados com a economia decrescentista, as alterações climáticas ou os projectos de alargamento do Aeroporto Sá Carneiro. Destes, referimos apenas alguns: uma sessão com a associação ATERRA, na Casa da Horta, no dia 18 de Setembro, onde lembrámos que o núcleo do Porto da Rede para o Decrescimento propunha aos seus membros uma campanha de oposição ao alargamento do Sá Carneiro e do Paredão de Leixões (terminal de cruzeiros). Participámos também numa sessão sobre «Economia Solidária e Decrescimento», realizada em 14 de Novembro, no Gato Vadio, com organização conjunta do Departamento de Sociologia da FLUP.
Desde Setembro de 2019, o núcleo tem vindo a reunir com regularidade no Espaço Macaréu, que tem oferecido uma excelente cooperação com o nosso movimento.
A Rede DC nos media
Comunicados da Rede DC